Cantar pode ser um excelente tratamento alternativo para o Parkinson. Esta atividade fortalece os músculos que ajudam engolir e controlar a respiração. Esta é a conclusão de dois estudos conduzidos pela mesma equipe na Iowa State University, nos Estados Unidos. Quanto mais cedo começar, maiores são os benefícios.
A maioria das pesquisas científicas com foco em tratamentos para a doença de Parkinson dá ênfase aos sintomas motores, como marcha, tremor e falta de estabilidade. Já os problemas nos músculos da voz, que atingem em torno de 70% dos pacientes, não são prioridade. E, deveriam ser. Quando estes músculos enfraquecem, a respiração, a deglutição e a qualidade da voz são prejudicados de forma importante – e afetam diretamente a qualidade de vida do paciente.
A autora dos trabalhos, a professora de kinesiologia Elizabeth Stegemöller, conduziu as duas pesquisas com grupos de parkinsonianos. O objetivo era saber se os pacientes teriam os mesmos benefícios se fizessem apenas uma sessão semanal de uma hora, ou se era preciso um treino mais intenso, de duas horas por semana. As aulas incluíam exercícios vocais, treinos de articulação, além do canto em si. Após dois meses, Elizabeth Stegemöller notou que os dois grupos foram beneficiados. Eles apresentaram mais força ao inspirar e expirar e também ampliaram o tempo de fonação, que é o período que a pessoa consegue sustentar um som durante a mesma respiração. O tom e a qualidade da voz também melhoraram.
O objetivo, obviamente, não é aprender a cantar – embora isso possa ser divertido e faça bem ao estado de espírito! O propósito deste tratamento alternativo para o Parkinson é fortalecer os músculos que são importantes na respiração e na deglutição e, assim, evitar muitos problemas que surgem em decorrência deste sintoma da doença.
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Atualizado em 29/08/2017.