Conheça os grandes desafios impostos pela doença de Parkinson

resultados da pesquisa

A doença de Parkinson em números

O canal Parkinson Hoje, que reúne dezenas de milhares de pessoas, entre médicos, cuidadores, familiares e pacientes da doença de Parkinson, realizou a pesquisa Como é viver com Parkinson, para entender melhor os desafios dessa comunidade. Mais de 400 pessoas responderam 16 perguntas sobre preconceito, a dependência de cuidadores, impacto financeiro, confiança no tratamento recebido, entre outros tópicos.

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Entenda a perda cognitiva e a demência na doença de Parkinson

A doença de Parkinson é conhecida pelas alterações motoras, como rigidez, tremor e instabilidade postural. No entanto, ela também apresenta alterações não-motoras, que podem surgir desde o início da doença, como: depressão, ansiedade, apatia, alucinação, alteração do sono, comprometimento cognitivo leve e demência. A alteração cognitiva associada à doença de Parkinson é altamente prevalente e causa significativa redução da qualidade de vida. Aqui, a neuropsicóloga Fernanda M. Colucci Fonoff fala sobre a demência na doença de Parkinson, como é feito o diagnóstico, as principais características e os tratamentos.

  1. Toda alteração cognitiva na doença de Parkinson é demência? Não. As alterações cognitivas se dividem em dois momentos: comprometimento cognitivo leve e demência. O comprometimento cognitivo leve é definido como a condição intermediária entre a função cognitiva normal e o início do quadro de demência. As alterações cognitivas na doença de Parkinson podem ter início com os primeiros sintomas motores e têm progressão lenta.
  2. Quais as principais alterações cognitivas na doença de Parkinson? As principais perdas cognitivas na doença de Parkinson são: lentidão de pensamento, declínio da função de atenção/concentração, declínio da função executiva e alteração da memória pela dificuldade de evocação tardia. Assim, os pacientes apresentam dificuldade para iniciar respostas, gerar estratégias, monitorar ou regular o comportamento. Já outros quadros de demência apresentam mudanças mais severas, como afasia (alteração da linguagem), apraxia (alteração da capacidade de coordenar tarefas complexas) e agnosia (alteração da capacidade de reconhecer objetos, sons e formas). 
  3. Quem tem maior risco de desenvolver demência na doença de Parkinson? Existem alguns fatores de risco associados à demência na doença de Parkinson. Eles são idade avançada, tempo de doença de Parkinson, disfunção autonômica, instabilidade postural, confusão mental no início da doença, alucinação ou psicose com uso de medicamentos dopaminérgicos, alteração do sono REM e comprometimento cognitivo leve.

     

  4. Como é feito o diagnóstico de demência na doença de Parkinson? O critério de diagnóstico de demência em pacientes com Parkinson foi estabelecido pela Sociedade dos Distúrbios dos Movimentos (MDS). Assim, o paciente tem que preencher os seguintes critérios:
    – Ter o diagnóstico de doença de Parkinson, segundo os critérios do Queen Square Brain Bank;
    – Ter o diagnóstico de doença de Parkinson anteriormente ao diagnóstico de demência;
    – Apresentar baixo desempenho em teste que avalia a eficiência global;
    – As alterações cognitivas devem ser graves o suficiente para causar impacto nas tarefas diárias;
    – As alterações cognitivas devem ser em mais de um domínio cognitivo.
    – A avaliação neuropsicológica das funções cognitivas deve ser realizada por um profissional especializado e atento às minúcias de cada função. Ela pode especificar o padrão e a gravidade da demência na doença de Parkinson. Leia mais aqui.
  5.  Qual o tratamento para demência na doença de Parkinson? Uma vez realizado o diagnóstico de demência na doença de Parkinson, o paciente pode iniciar tratamento medicamentoso e a reabilitação neuropsicológica. A reabilitação cognitiva trabalha estratégias compensatórias, estimulação de áreas não comprometidas, fixação de aprendizagem e conscientização. Quando feita com regularidade e diante dos primeiros sinais de declínio cognitivo, a reabilitação apresenta bons resultados, o que traz conforto e autonomia para o paciente.

Entenda mais sobre reabilitação cognitiva. 

Atualizado em 11/09/2019.

Como melhorar a comunicação na doença de Parkinson

A doença de Parkinson afeta a vida dos pacientes em áreas muito além das motoras, que enxergamos de primeira. Uma delas, queixa frequente entre os parkinsonianos, é a comunicação. Eles notam mudanças no tom de voz e no ritmo da fala. A voz fica fraca ou muito baixa. A fala tende a ficar monótona, ou seja, sem os tons graves e agudos realçados. Para quem ouve, as frases têm pouca entonação e velocidade, o que dá a impressão de falta de emoção e dicção ‘enrolada’. Em alguns pacientes, o efeito é outro. Eles tendem a acelerar o ritmo das palavras, o que também dificulta a compreensão. Por fim, a perda de expressão facial, ou o rosto mascarado, um dos sintomas da doença, faz com que muitos sinais não-verbais da comunicação se percam. Transmitir uma mensagem ou se fazer entender viram desafios importantes.

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Dr. Erich Fonoff fala sobre os riscos da cirurgia de Parkinson

dr. erich fonoff fala dos riscos da cirurgia do parkinson

Parkinson Hoje publica mais um vídeo da série Dr. Erich Fonoff Responde no nosso canal no YouTube. Com o propósito de trazer informações úteis e tirar dúvidas sobre esta doença tão cheia de desafios, o neurologista Dr. Erich Fonoff responde às principais perguntas que chegam ao nosso canal. Ele fala sobre a doença, seus sintomas, tratamentos e outros assuntos fundamentais para pacientes, familiares e cuidadores.

Dr. Erich Fonoff, diretor técnico do canal, é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. No Brasil e nos grandes centros médicos dos Estados Unidos e da Europa, Dr. Erich é referência ao falar da cirurgia de estimulação cerebral profunda.

Neste vídeo, o Dr. Erich Fonoff fala sobre os riscos da cirurgia do Parkinson.

Saiba mais sobre a cirurgia de estimulação cerebral profunda aqui.

Atualizado em 10/09/2019.

Saiba porque é tão difícil prever a doença de Parkinson

saiba como prever a doença de parkinson

A evolução do Parkinson atinge cada pessoa de forma individualizada. Embora exista uma lista de sintomas que defina a doença, os médicos não conseguem ainda prever como e quando cada um deles se manifestará. Alguns parkinsonianos fazem esportes diariamente, enquanto outros têm enorme dificuldade para andar dentro de casa. Cada caso é único. Mas, em suas diversas formas, a evolução do Parkinson segue um caminho parecido. Conheça os estágios da doença e saiba porque é tão difícil prever este percurso:

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Primeira pesquisa do canal Parkinson Hoje para conhecer melhor a comunidade

primeira pesquisa do canal parkinson hoje

Perfil do Parkinson no Brasil: primeira pesquisa da comunidade Parkinson Hoje

O canal Parkinson Hoje, com o propósito de ampliar o conhecimento sobre as questões que afetam a nossa comunidade de pacientes, familiares e cuidadores, está conduzindo uma pesquisa para entender melhor os desafios que você enfrenta diariamente.

A pesquisa é anônima e muito importante para que possamos continuar divulgando informações cada vez mais relevantes sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida. Os resultados serão compartilhados – sem a identificação dos participantes – em nosso canal para que todos possam conhecer um pouco mais sobre a vida de quem vive e convive com a doença de Parkinson, clique aqui para ler mais sobre a doença.

A pesquisa está sendo conduzida de acordo com as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) e os resultados não terão validade científica.

Para participar, clique na categoria que melhor descreve a sua situação.

1) Pacientes diagnosticados com doença de Parkinson

http://bit.ly/pesquisaphpacientes

2) Familiares que cuidam de parentes com doença de Parkinson

http://bit.ly/pesquisaphfamiliares

3) Cuidadores com formação na área de saúde

http://bit.ly/pesquisaphcuidadoressaude

4) Cuidadores que não tem formação na área de saúde

http://bit.ly/pesquisaphcuidadores

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, que afeta 1% da população mundial acima de 65 anos de idade. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, há 200 mil pessoas com a doença. Convide amigos e parentes, que convivem com o Parkinson, para responder à nossa primeira pesquisa.

Atualizado em 10/09/2019.

Mais uma cartilha: O que é distonia e como tratar

Distonia: o que é e como tratar

O canal Parkinson Hoje apresenta a sétima cartilha de uma série criada para responder às principais dúvidas sobre a doença. “Distonia: o que é e como tratar” explica detalhadamente um dos sintomas que mais afetam os pacientes de Parkinson, como ele afeta o cotidiano e os tratamentos mais usados para controlá-lo.

Para consultar a sétima cartilha, clique em Distonia: o que é e como tratar.

As primeiras cartilhas, publicadas aqui, abordam as principais dúvidas a respeito da doença, como funciona a cirurgia de estimulação cerebral profunda, como viver com mais independência e autonomia, como manter a casa segura para os pacientes entre outros temas igualmente relevantes.

Elas são:

Como reconhecer os 10 sinais da doença de Parkinson

Aprenda como manter sua casa segura

Respondemos as principais dúvidas sobre a doença de Parkinson

Tudo que você precisa saber sobre a cirurgia de estimulação cerebral profunda

Tudo que você precisa saber sobre tremor essencial

Como fortalecer a memória e aumentar a concentração

As cartilhas poderão ser consultadas diretamente pela internet, aqui no nosso site, e também na nossa nossa página no Facebook. Os arquivos podem ser baixados para impressão, assim, circulam de mão em mão

Este material é produzido pela equipe do canal Parkinson Hoje, com a supervisão técnica do Dr. Erich Fonoff, neurocirurgião e professor livre-docente do departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Atualizado em 16/07/2018.

Nova droga, em estudo, impede a evolução da doença de Parkinson

nova droga para impedir a progressão da doença de Parkinson

Em paralelo à busca pela cura do Parkinson, cientistas investem pesado também na descoberta de algo que possa frear a progressão da doença. A boa notícia dessa semana é que pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter desenvolvido uma nova droga experimental capaz de reduzir a evolução do Parkinson e de seus sintomas em ratos e em culturas de células cerebrais.

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A doença de Parkinson tem cura?

parkinson tem cura

A busca pela cura do Parkinson caminha junto com a busca pela causa da doença, explica o neurologista em SP Dr. Erich Fonoff. Ao descobrir o que leva à perda dos neurônios responsáveis pela dopamina, talvez a forma de prevenir e evitar que isso ocorra esteja mais próxima. Diante disso, temos uma boa notícia. Pesquisadores da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, identificaram um composto que se acumula na parte do cérebro afetada pelo Parkinson. A acroleína é um subproduto tóxico, que surge quando o cérebro queima gordura para obter energia. Esta substância leva ao acúmulo da proteína alfa-sinucleína. É aí que mora o perigo: quando esta proteína se acumula na substância nigra, região do cérebro onde acontece o Parkinson, ela leva à morte dos neurônios. Consequentemente, os sintomas do Parkinson surgem. A descoberta, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo, pode apontar o caminho para novas terapias e também facilitar no diagnóstico e na prevenção de outros distúrbios neurológicos.

Infelizmente, o caminho ainda é longo e a cura do Parkinson ainda não aconteceu. Não existe uma droga que impeça que a doença se instale e progrida. Mas o Parkinson é uma doença tratável e, para isso, há inúmeros recursos já disponíveis e tantos outros em estudo. Leia adiante. 

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