Vários alimentos já foram consumidos em grande quantidade por fazerem bem e, depois de um tempo, banidos da dieta ou, pelo menos, rebaixados do posto. Ovo, abacate, manteiga para citar alguns. Para o paciente de Parkinson, a expectativa por benefícios naquilo que se consome segue a mesma linha. Ora pode e faz bem, ora não altera nada. A última notícia é sobre o café. Ao contrário do que se acreditava, o café não melhora os sintomas do Parkinson. Cientistas constataram que a bebida, ingerida regularmente, não diminui os tremores nem minimiza os problemas de movimento causados pela doença de Parkinson.
Após um extenso estudo, pesquisadores do departamento de neurologia da McGill University Health Center, em Montreal, no Canadá, constataram que a cafeína não deve ser usada para controlar sintomas do Parkinson, uma vez que não produziu nenhum efeito positivo nos pacientes.
O resultado deste trabalho é um banho de água fria nos parkinsonianos que, desde 2012 quando uma prévia desta mesma pesquisa foi publicada no periódico Neurology, acreditavam que o consumo de café pudesse ajudar a reduzir os problemas motores provocados pela falta de dopamina no cérebro.
A pesquisa contou com 121 pacientes de Parkinson, diagnosticados há cerca de quatro anos. Metade deles recebeu duas cápsulas diárias com 200 miligramas de cafeína, o que equivale a três xícaras de café. A outra metade tomou placebo. Na primeira parte do estudo, cinco anos atrás, realizada apenas durante seis semanas, os pesquisadores observaram algumas melhoras nas funções motoras. No entanto, ao retomar os trabalhos e acompanhar os pacientes por um período mais longo, de até 18 meses, os resultados não foram nada positivos. Nenhuma diferença entre os dois grupos foi observada.
Outros estudos já sugeriram, anteriormente, que o café pudesse ser neuroprotetor. Ou seja, consumidores de café teriam o risco de desenvolver a doença de Parkinson diminuído. Nada disso, no entanto, tem evidência científica comprovada.
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Atualizado em 10/09/2019.