A doença de Parkinson é uma condição degenerativa do sistema nervoso central, que atinge 1% da população mundial acima de 65 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Ela está associada à diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor que atua no envio de mensagens para as partes do cérebro que controlam os movimentos e a coordenação. Os primeiros sintomas incluem tremores, lentidão nos movimentos e comprometimento da marcha. Ainda assim, a atividade física é a maneira mais eficiente para prevenir e combater a doença, segundo dados da Harvard Health Letter, publicação que traz informação e diretrizes sobre temas de saúde da Universidade Harvard.
De acordo com a publicação, muitos estudos longos e aprofundados já fizeram a correlação entre exercícios e um risco reduzido de desenvolver Parkinson em idade avançada. Quem faz alguma atividade física aos 30 e 40 anos de idade, cerca de duas a três décadas antes da doença tipicamente se instalar, pode ter um risco diminuído em 30%. Alguns especialistas acreditam que isso só acontece quando o exercício é de alta intensidade.
Os benefícios do exercício vão muito além da prevenção da doença. Estudos científicos já comprovaram que os parkinsonianos que se mantêm na ativa com regularidade conseguem garantir a autonomia por mais tempo e reduzir a velocidade da progressão dos sintomas, como falta de flexibilidade e desequilíbrio. O ideal, portanto, para que a diferença seja notada é procurar exercícios que fortaleçam o sistema cardiovascular, aumentem a flexibilidade e estimulem os músculos.
O neurocirurgião Eric Fonoff, professor livre-docente do departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, garante que atividade física é parte fundamental no tratamento da doença de Parkinson. Assista o vídeo no qual ele fala sobre o tema aqui.
Atualizado em 23/02/2018.