Há evidência incontestável que prova a importância de terapias complementares no tratamento do Parkinson. Exercícios físicos, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia são eficazes no controle dos sintomas e ajudam a retardar a progressão da doença. Uma pesquisa realizada na Holanda, e publicada no mês passado no periódico The Lancet Neurology, mostrou que estas intervenções, especificamente a fisioterapia especializada, são ainda mais poderosas quando realizadas por profissionais treinados para cuidar de doentes de Parkinson.
O estudo mostrou que, quando submetido aos cuidados de um fisioterapeuta especializado em Parkinson e outros distúrbios do movimento, o paciente geralmente chega aos resultados esperados mais rapidamente e apresenta um número menor de complicações, como fraturas ósseas após uma eventual queda. Mais detalhadamente, ficou comprovado que estes pacientes precisaram ser internados em hospitais com menor frequência.
Paralelamente aos benefícios físicos, foi notado também um ganho financeiro. O tratamento realizado por profissionais especializados na doença apresentou um custo menor. Embora pareça controverso, a explicação faz sentido. Quando submetido a terapias altamente eficientes, o paciente precisa de menos sessões, consegue alcançar o resultado esperado e, como citado acima, apresenta menos complicações (normalmente, muito dispendiosas).
Estas conclusões foram obtidas após análise de todo histórico de saúde de mais de 4300 pacientes durante um período de três anos. Este trabalho foi realizado em parceria entre a CZ, uma empresa de seguros de saúde, e o Centro Médico Universitário Radboud, ambos na Holanda.
A importância da fisioterapia no tratamento do Parkinson
A recomendação dos médicos é que todos os pacientes de Parkinson devem fazer exercícios físicos. Os benefícios são vistos no controle dos sintomas e, consequentemente, na qualidade de vida. Porém, como o parkinsoniano enfrenta dificuldades e desafios motores, é importante que ele seja avaliado por um fisioterapeuta antes de começar a se mexer. Este profissional consegue ter um olhar mais aprofundado e direcionado às necessidades específicas de cada um. Exercícios de fisioterapia especializada podem otimizar a postura, o equilíbrio, a flexibilidade, além de treinar força, resistência e o condicionamento cardiovascular. Leia mais aqui.
Atualizado em 09 de janeiro de 2018.