A perda do olfato pode ser um dos primeiros sinais da doença de Parkinson. Um estudo publicado recentemente no periódico Neurology mostrou que pessoas com olfato reduzido têm o risco de desenvolver Parkinson aumentado em cinco vezes.
De acordo com o professor de epidemiologia Honglei Chen, da Michigan State University College of Human Medicine in East Lansing, nos Estados Unidos, que conduziu o estudo, a perda olfativa é pouco percebida ou ignorada por muito tempo e pode surgir anos – até seis anos, como notou – antes de se chegar ao diagnóstico de Parkinson. Chen avaliou, durante uma década, mais de 2500 homens e mulheres, com idade média de 75 anos, antes de chegar à conclusão publicada.
Obviamente, nem todas as pessoas que têm o olfato comprometido desenvolverão a doença neurodegenerativa. Muitos outros fatores podem levar à insensibilidade a cheiros, como traumas na cabeça, infecções virais e tumores.
Porém, esta descoberta pode ajudar cientistas a entender como o Parkinson surge e, ainda, a identificar pessoas que estariam mais predispostas a ter a doença no futuro.
A perda olfativa é apenas um dos sinais iniciais da doença de Parkinson. Tremor, rosto mascarado, voz baixa, micrografia, má postura e dificuldade para caminhar também são sintomas que acometem os pacientes. Veja mais na primeira cartilha do canal Parkinson Hoje aqui.
Atualizado em 21/09/2017.