A doença de Parkinson afeta principalmente os movimentos. Mas, ela traz uma lista extensa de sintomas não-motores: depressão, perda olfativa, alterações na fala e… problemas de pele. Sim, o Parkinson afeta de forma desagradável e, às vezes, grave, a pele, o maior órgão do corpo humano, de diversas maneiras. Conheça os três problemas de pele mais recorrentes na doença de Parkinson e como controlá-los.
Seborreia – Um dos quadros mais comuns nos estágios iniciais da doença de Parkinson é a seborreia. Ela provoca o aumento da oleosidade na pele, que leva à coceira e vermelhidão, e afeta principalmente cabelos e rosto. Suspeita-se que a causa seja a redução da dopamina que atua nas glândulas sebáceas sob a pele. Muitas vezes, a seborreia leva à dermatite, que se manifesta em forma de caspa nos cabelos e até nos cílios. Manter o rosto e os cabelos limpos, com shampoo anticaspa, pode ajudar bastante. Em alguns casos, a medicação antiparkinsoniana ajuda a regular esta oleosidade.
Suor excessivo – Enquanto a seborreia é considerada por alguns médicos um sintoma da doença, a sudorese está mais relacionada ao uso – ou à perda de efeito – da medicação antiparkinsoniana. Em alguns pacientes, o suor atinge cabeça, rosto e pés. Já outros sentem o desconforto no corpo inteiro, principalmente à noite. É importante relatar este efeito colateral ao médico para um eventual ajuste de medicação. Outras recomendações incluem banho morno, roupas leves e ingestão abundante de líquido.
Câncer de pele – O melanoma, um dos cânceres mais agressivos que existe, é relativamente comum em pacientes de Parkinson. Um estudo da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, mostrou que o risco do parkinsoniano ter melanoma chega a ser 4 vezes maior que o risco geral da população. O contrário também ficou comprovado.
Algumas pesquisas já tentaram, sem sucesso, associar a levodopa – principal medicação antiparkinsoniana – ao aumento de melanoma. Outros trabalhos mostraram que questões ambientais e genéticas e alguma alteração no sistema imunológico podem formar a base que conecta as duas doenças.
Enquanto não se chega a uma conclusão, pacientes de Parkinson, assim como pessoas com melanoma, devem ficar de olho na outra doença para, se necessário, fazer um diagnóstico precoce e um tratamento rapidamente.
Atualizado em 10/09/2019.