Cientistas seguem em busca de algo para controlar os tremores, um dos sintomas mais conhecidos da doença de Parkinson. A última novidade, apresentada em uma pesquisa da University of Virginia School of Medicine, nos Estados Unidos, sugere que terapia baseada em ultrassonografia pode reduzir os tremores em pessoas que não se beneficiam dos efeitos da medicação anti-parkinsoniana.
A terapia utiliza ultrassonografia focada para eliminar conexões no cérebro responsáveis pelos tremores. Com o auxílio de imagens por ressonância magnética, os médicos conseguem aplicar as ondas no ponto exato e ainda definir a intensidade necessária. Até o momento, ela já foi aprovada pelo FDA, órgão americano que controla medicamentos, alimentos e tratamentos de saúde, para tratar tremor essencial, outro distúrbio do movimento bastante comum.
Os pesquisadores ressaltam que o método seria indicado principalmente para aqueles pacientes que se sentem prejudicados pelos tremores, e não tanto por outros sintomas. Ou seja, reduzir os tremores já aumentaria de forma importante a qualidade de vida.
Embora os resultados sejam promissores, ainda é preciso aumentar o escopo da investigação e ampliá-la a um grupo maior. Nessa primeira pesquisa, somente 20 pacientes receberam o tratamento experimental.
Como reduzir os tremores é interesse constante
No primeiro semestre deste ano, duas grandes empresas também investiram na doença de Parkinson. A Microsoft criou um relógio para diminuir os tremores. Já a Klick Labs apostou na empatia, com um equipamento que permite transmitir para outra pessoa a sensação dos tremores. Relembre as notícias que publicamos em nossa página do Facebook:
12 de maio: Bill Gates entrou na luta contra o Parkinson. Essa semana, durante a conferência anual da Microsoft, em Seattle, nos Estados Unidos, o CEO Satya Nadella apresentou o protótipo de um relógio que elimina temporariamente os tremores da doença. O aparelho ativa técnicas de inteligência artificial para detectar os tremores e a instabilidade e envia respostas imediatas, que ajudam a controlar estes sintomas. Batizado de Emma, em homenagem à designer da peça e parkinsoniana de início precoce Emma Lawton, o relógio agora será testado por neurocientistas em um grupo de pacientes.
17 de maio: Em breve, você poderá sentir na pele uma pequena parte do que sente um paciente de Parkinson. A empresa americana Klick Labs criou um equipamento que, via Bluetooth e em tempo real, transmite para uma pessoa que não tem a doença os tremores típicos. A ideia dos fabricantes do SymPulse é conseguir promover a empatia entre familiares e médicos com os parkinsonianos. Ao saber o que o paciente sente, afirmam, tanto o tratamento quanto o diagnóstico podem ser mais precisos. E, quem está próximo pode entender o quadro com mais clareza. Alguns testes clínicos ainda serão realizados antes de o SymPulse chegar ao mercado.
Atualizado em 24/11/2017.